EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 

 
 

Confissões

Foi na adolescência, de alma descuidada e coração vadio, que pela primeira vez fui tomado pela vertigem da paixão. Não foi algo que avançasse aos poucos com o lento manto da noite vai encobrindo o sol. Quando me dei conta, era o sol de meio-dia. E toda a sua luz iluminava apenas ela, enquanto a mim restava o desassossego das luzes e trevas.

Na verdade eu não sabia que estava apaixonado. Ou melhor, eu não sabia que aquilo que sentia – um estado avassalador – era o que se entende por paixão. Aliás, na época, só as meninas se apaixonavam. Ou melhor, só as meninas falavam em paixão. Entre os 13 e 16 anos, macho não se apaixonava. Nem pensava em namorar, que era estágio avançado, para os 17 ou 18, e peito para encarar portão ou varanda e responder aos eventuais resmungos de boa noite. Macho se ‘encontrava’ – coisa ofegante, assustada, atabalhoada, em esquinas junto a muros, sob árvores. Para, em seguida, segundo os costumes vigentes, sussurrar pelos cantos: ‘Tou’ me ‘encontrando' com a Fulaninha – seguido da advertência: Espalha não, heim! Se der 'confa', sei que foi você! ‘Confa’ era o barraco que se armaria quando os pais dela soubessem. A indiscrição era um risco que, parece, compensava. Afinal, dizia-se, qual a vantagem de ‘encontrar’ sem bravatear? No entanto, quando estourava a “confa”  era sempre uma menina que delatara: por moralismo, medo, inveja, ciúme ou pura maldade.

Antes de me apaixonar – digamos que tenha sido isso – já segurara a mão de uma ou outra vizinha, uma ou outra prima.

Tudo era inocente e puro, mas eficaz como ensaio. Aos 13 aprendera tudo em longas noites de vigília, azucrinando os casais das varandas, portões e carros, ou ouvindo as delirantes narrativas dos um pouco mais velhos, cheias de peripécias, detalhes e circunstâncias, fruto da prodigiosa fantasia que vivifica a imaginação da adolescência. Quantas noites rolei na cama recriando histórias implausíveis e inverossímeis que, no entanto, povoavam meus sonhos de desejo, paixão e poesia!

 Descobria-me homem.

A criatura que roubou a serenidade do adolescente tímido e contemplativo que eu era, devia ter a minha idade ou pouco menos. Porém, era mulher. Eis aqui a superlativa diferença. As mulheres são seres de outro planeta. Explico. Por exemplo: mulheres não têm idade. Aos 60 algumas preservam o frescor dos 30. E aos 15 têm a intuição dos 60. Eu ainda corria atrás de bola e jogava botão, ela já usava sutiã, pintava unhas, ensaiava o batom e o saltinho alto. Mulheres nunca são adolescentes. Saltam de criança a adulta sem escala. Por isso fazem pouco da dor e da solidão de ser adolescente. Paixão é possessão. De adolescente, então! – sem armas nem defesas, sem bom senso nem sensatez, sem sequer entender o que está vivendo, se rende  como um passarinho com febre, entrega-se de alma e corpo, sucumbe, enfim, à paixão. Porque os adolescentes são frágeis e desatentos. São irreverentes porque são tímidos, são bravos porque são inseguros.

É que as mulheres nascem sabendo tudo. Um saber platônico, digamos intuitivo, que a educação e a cultura apenas desvelam. O essencial intangível sobre o homem, que nos custa lento e penoso aprendizado, já nasce com elas.

A tal costela escondia inacessíveis segredos da vida: paixão, entrega, dedicação, solidariedade, beleza, carinho, sensualidade, riqueza e poder.

Mas um adolescente é puro como um copo de leite, inocente como a estrela da manhã. Mães do Brasil, protejam seus filhos adolescentes! Elejam uma santa protetora dos adolescentes!

Alcione Araújo“Estado de Minas” 

 

  1. “Foi na adolescência, de alma descuidada e coração vadio ...”

O par sublinhado poderia ser substituído, sem alteração de sentido, por:

  1. atrapalhada / ocioso
  2. desprotegida / desocupado
  3. Desprevenida / delinqüente
  4. Desprezada / vagabundo

Releia

“Aliás, na época, só as meninas se apaixonavam, ou melhor, só as meninas falavam em paixão”.

Isso ocorria, principalmente devido:

  1. À precocidade das meninas em relação ao amadurecimento
  2. Á indiferença  dos machos pelo sexo oposto
  3. Ao interesse dos meninos por determinado esporte.
  4. Ao medo dos jovens para enfrentar a severidade paterna

 

Observe:

─  “ Afinal, dizia-se, qual a vantagem de “encontrar” sem bravatear?” (2º§)

─  “ ... ou ouvindo as delirantes narrativas dos um pouco mais velhos, cheia de peripécias ...  fruto da prodigiosa fantasia que vivifica a imaginação da adolescência” (3º§)

Pode-se deduzir dos segmentos que bravatear era:

  1. Privilégio daqueles que já haviam ingressado no “estágio avançado”;
  2. Costume praticado pelos meninos mais inexperientes;
  3. Ocorrência comum entre os garotos de mais ou de menos idade;
  4. Necessidade de expor os fatos reais sem nenhum constrangimento.
 
VAMOS LER 
 
 
 
O leão, o burro e o rato
 
Um leão, um burro e um rato voltavam, afinal, da caçada que haviam empreendido juntos e colocaram numa clareira tudo que tinham caçado: dois veados, algumas perdizes, três tatus, uma paca e muita caça menor. O leão sentou-se num tronco e, com voz tonitruante que procurava inutilmente suavizar, berrou:
- Bem, agora que terminamos um magnífico dia de trabalho, descansemos aqui, camaradas, para a justa partilha do nosso esforço conjunto. Compadre burro, por favor, você, que é o mais sábio de nós três, com licença do compadre rato, você, compadre burro, vai fazer a partilha desta caça em três partes absolutamente iguais. Vamos, compadre rato, até o rio, beber um pouco de água, deixando nosso grande amigo burro em paz para deliberar.
Os dois se afastaram, foram até o rio, beberam água e ficaram um tempo. Voltaram e verificaram que o burro tinha feito um trabalho extremamente meticuloso, dividindo a caça em três partes absolutamente iguais. Assim que viu os dois voltando, o burro perguntou ao leão:
- Pronto, compadre leão, aí está: que acha da partilha?
O leão não disse uma palavra. Deu uma violenta patada na nuca do burro, prostando- o no chão, morto.
Sorrindo, o leão voltou-se para o rato e disse:
- Compadre rato, lamento muito, mas tenho a impressão de que concorda em que não podíamos suportar a presença de tamanha inaptidão e burrice. Desculpe eu ter perdido a paciência, mas não havia outra coisa a fazer. Há muito que eu não suportava mais o compadre burro. Me faça um favor agora - divida você o bolo da caça, incluindo, por favor, o corpo do compadre burro. Vou até o rio, novamente, deixando-lhe calma para uma deliberação sensata.
Mal o leão se afastou, o rato não teve a menor dúvida. Dividiu o monte de caça em dois: de um lado, toda a caça, inclusive o corpo do burro. Do outro apenas um ratinho cinza morto por acaso. O leão ainda não tinha chegado ao rio, quando o rato chamou:
- Compadre leão, está pronta a partilha!
O leão, vendo a caça dividida de maneira tão justa, não pôde deixar de cumprimentar o rato:
- Maravilhoso, meu caro compadre, maravilhoso! Como você chegou tão depressa a uma partilha tão certa?
E o rato respondeu:
- Muito simples. Estabeleci uma relação matemática entre seu tamanho e o meu - é  claro que você precisa comer muito mais. Tracei uma comparação entre a sua força e a minha - é claro que você precisa de muito maior volume de alimentação do que eu. Comparei, ponderadamente, sua posição na floresta com a minha - e, evidentemente, a partilha só podia ser esta. Além do que, sou um intelectual, sou todo espírito!
- Inacreditável, inacreditável! Que compreensão! Que argúcia! - exclamou o leão,
realmente admirado. - Olha, juro que nunca tinha notado, em você, essa cultura. Como
você escondeu isso o tempo todo, e quem lhe ensinou tanta sabedoria?
- Na verdade, leão, eu nunca soube nada. Se me perdoa um elogio fúnebre, se não se ofende, acabei de aprender tudo agora mesmo, com o burro morto.
 
Millôr Fernandes
 
 A narrativa procura passar a idéia de que:
 
a) A justiça é cega.
b) Os fortes não são sábios.
c) A sabedoria é própria das criaturas menores.
d) Só um burro tenta ficar com a parte do leão.
 
 
 
 

CINEMA NA ESCOLA EJA 8/9º ANO

Leia o texto abaixo para responder as questões :
 
Como um filho querido
 
Tendo agradado ao marido nas primeiras semanas de casados, nunca quis ela se separar da receita daquele bolo. Assim, durante 40 anos, a sobremesa louvada compôs sobre a mesa o almoço de domingo, e celebrou toda data em que o júbilo se fizesse necessário.
Por fim, achando ser chegada a hora, convocou ela o marido para o conciliábulo apartado no quarto. E tendo decidido ambos, comovidos, pelo ato solene, foi a esposa mais uma vez à cozinha assar a massa açucarada, confeitar a superfície.
Pronto o bolo, saíram juntos para levá-lo ao tabelião, a fim de que se lavrasse ato de adoção, tornando-se ele legalmente incorporado à família, com direito ao prestigioso sobrenome Silva, e nome Hermógenes, que havia sido do avô.
 
Fonte: COLASANTI, Marina. Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. p.57.
 
1. No conto “Como um filho querido” a esposa e o esposo foram ao tabelião com intuito de:
a) Regularizar a situação de um parente registrando seu nome.
b) Registrar o nome do filho querido que há 40 anos fazia parte da família, mas não tinha registro.
c) Lavrar o ato de adoção do bolo no tabelionato, e assim, incorporá-lo à família
como um filho querido com direito ao sobrenome da família Silva.
d) Lavrar o ato de adoção do filho querido para que o mesmo recebesse o nome do seu avô paterno, Hermógenes.
 
2. A expressão no 2º parágrafo “Convocou ela o marido para o conciliábulo apartado no quarto” significa:
a) A mulher chamou o marido para uma conversa séria no quarto a fim de convencê-lo de que era preciso dar um nome ao bolo e registrá-lo no tabelionato.
b) A mulher convidou o marido para uma breve reunião no quarto do casal na qual decidiriam pelo registro do nome do bolo no tabelionato.
c) A esposa determinou ao marido que fosse ao quarto a fim de convencê-lo de dar um nome e registro ao bolo no cartório por meio de uma comemoração íntima.
d) A esposa pediu para o marido que a acompanhasse até o quarto onde decidiriam registrar o nome do bolo no cartório de registros por meio de uma
 

Poemas 

Leia o poema abaixo para responder as questões 1 e 2.
 
Pássaro em vertical
Cantava o pássaro e voava
Cantava para lá
Voava para cá
Voava o pássaro e cantava
De
Repente
Um
Tiro
Seco
Penas fofas
Leves plumas
Mole espuma
E um risco
Surdo
N
O
R
T
E
S
U
L
 
Fonte: NEVES. Libério. Pedra solidão. Belo Horizonte: Movimento Perspectiva, 1965.
 
Caderno de Atividades
 
1. Qual é o assunto do texto:
 
a) Um pássaro em vôo, que leva um tiro e cai em direção ao chão.
b) Um pássaro que cantava o dia todo.
c) Um pássaro que sonhava com a liberdade.
d) A queda de um pássaro que não sabia voar.
 

2. De que maneira a forma global do poema se relaciona com o título “Pássaro em vertical”?

a) A disposição das palavras no texto tem relação com o sentido produzido.
b) As palavras “norte-sul” não foram escritas verticalmente no poema.
c) O fato de que o pássaro possui penas e/ou plumas fofas e leves.
d) O termo vertical pode ser associado ao vôo do pássaro.
 
 

VAMOS LER E COMPREENDER

 
    A brutalidade cometida contra os dois jovens em São Paulo reacendeu a fogueira da redução da idade penal. A violência seria resultado das penas que temos previstas em Lei ou do sistema de aplicação das leis? É necessário também pensar nos porquês da violência já que não há um único crime.
    De qualquer forma, um sistema sócio-econômico historicamente desigual e violento só pode gerar mais violência. Então, medidas mais repressivas nos dão a falsa sensação de que algo está sendo feito, mas o problema só piora. Por isso, temos que fazer as opções mais eficientes e mais condizentes com os valores que defendemos. Defendo uma sociedade que cometa menos crimes e não que puna mais. Em nenhum lugar do mundo houve experiência positiva de adolescentes e adultos juntos no mesmo sistema penal. Fazer isso não diminuirá a violência e formará mais quadros para o crime. Além disso, nosso sistema penal como está não melhora as pessoas, ao contrário, aumenta  sua violência.
    O Brasil tem 400 mil trabalhadores na segurança pública e 1,5 milhão na segurança
privada para uma população que supera 171 milhões de pessoas. O problema não está
só na lei, mas na capacidade para aplicá-la. Sou contra a redução da idade penal porque
tenho certeza que ficaremos mais inseguros e mais violentos. Sou contra porque
sei que a possibilidade de sobrevivência e transformação destes adolescentes está na
correta aplicação do ECA. Lá estão previstas seis medidas diferentes para a responsabilização
de adolescentes que violaram a lei. Agora não podemos esperar que adolescentes
sejam capturados pelo crime para, então, querer fazer mau uso da lei. Para fazer
o bom uso do ECA é necessário dinheiro, competência e vontade.
Sou contra toda e qualquer forma de impunidade. Quem fere a lei deve ser responsabilizado.
Mas reduzir a idade penal, além de ineficiente para atacar o problema, desqualifica
a discussão. Isso é muito comum quando acontecem crimes que chocam a
opinião pública, o que não respeita a dor das vítimas e não reflete o tema seriamente.
Problemas complexos não serão superados por abordagens simplórias e imediatistas.
Precisamos de inteligência, orçamento e, sobretudo, um projeto ético e político de
sociedade que valorize a vida em todas as suas formas. Nossos jovens não precisam
ir para a cadeia. Precisam sair do caminho que os leva lá. A decisão agora é nossa: se
queremos construir um país com mais prisões ou com mais parques e escolas.
Fonte: ROSENO, Renato. Coordenador do CEDECA - Ceará e da ANCED
- Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente.
 
1. Identifique o tema central trabalhado no texto:
a) Desigualdade Social.
b) Maioridade Penal.
c) Preconceito.
d) Violência.
 
2. Com base na leitura do texto, assinale a alternativa que expressa a opinião do autor e não um fato narrado:
 
a) O Brasil tem 400 mil trabalhadores na segurança pública e 1,5 milhão na segurança privada para uma população que supera 171 milhões de pessoas.
b) No [ECA] estão previstas seis medidas diferentes para a responsabilização de adolescentes que violaram a lei.
c) Precisamos de inteligência, orçamento e, sobretudo, um projeto ético e político de sociedade que valorize a vida em todas as suas formas.
d) A brutalidade cometida contra dois jovens em São Paulo reacendeu a fogueira da redução da idade penal.
 
3. A que gênero pertence o texto lido:
a) Uma entrevista.
b) Um artigo de opinião.
c) Um texto de divulgação científica.
d) Um depoimento pessoal.
 
CONTENÇÃO IMEDIATA - NOVA ORDEM 

FILME - O PEREGRINO ANOS FINAIS UNIDADE I

O jovem peregrino chamado simplesmente Cristão, atormentado pelo desejo de se ver livre do fardo pesado que carrega nas costas, segue sua jornada por um caminho estreito, indicado por um homem chamado Evangelista, pelo qual se pode alcançar a Cidade Celestial. Na narrativa, todas as personagens e lugares que o peregrino depara levam nomes de estereótipos (como: Hipocrisia, Boa-Vontade, Sr. Intérprete, gigante Desespero, A Cidade da Destruição, O Castelo das Dúvidas, etc.) consoante os seus estilos, características e personalidades.

No ínterim, surgem-lhe várias adversidades, nas quais ele padece sofrimentos, chegando a perder-se, ser torturado e quase afogar-se. Apesar de tudo, o protagonista mantém-se sempre sóbrio, encontrando auxílio no companheiro de viagem Fiel, um concidadão seu. Mais adiante na trama, Fiel é executado pelos infiéis da Feira das Vaidades que se opőem à busca dos dois peregrinos. Contudo, Cristão acha um outro companheiro, chamado Esperançoso, que mais tarde lhe salvará a vida, e eles seguem a dura jornada até chegarem ao destino almejado.

A obra é uma alegoria contada como se fosse um sonho, voltando-se sempre a extrair dos eventos narrados alguns ensinamentos bíblicos, nos moldes das parábolas bíblicas

 

A visita de Jesus

Era uma noite iluminada... Um anjo apareceu a uma família muito rica e falou para a dona da casa: estou te trazendo uma boa notícia: esta noite o Senhor Jesus virá visitar a tua casa! Aquela senhora ficou entusiasmada. Jamais acreditara ser possível que esse milagre acontecesse em sua casa. Tratou de preparar uma excelente ceia para receber a Jesus. Encomendou frangos, assados, conservas, saladas e vinhos importados. De repente, tocou a campainha. Era uma mulher com roupas miseráveis, com aspecto de quem já sofrera muito... Senhora, disse a pobre mulher, será que não teria algum serviço para mim? Tenho fome e tenho necessidade de trabalhar. Ora bolas, retrucou a dona da casa. Isso são horas de vir me incomodar? Volte outro dia. Agora estou muito atarefada com uma ceia para uma visita muito importante. A pobre mulher se foi... Pouco mais tarde, um homem, sujo de graxa, veio bater-lhe à porta. Senhora, falou ele, o meu caminhão quebrou bem aqui na esquina.
Não teria a senhora, pôr acaso, um telefone para que eu pudesse me comunicar com um mecânico? A senhora, como estava ocupadíssima em limpar as pratas, lavar os cristais e os pratos de porcelana, ficou muito irritada: Você pensa que minha casa é o que? Vá procurar um telefone público... Onde já se viu incomodar as pessoas dessa maneira? Por favor, cuide para não sujar a entrada da minha casa com esses pés imundos! E a anfitriã continuou a preparar a ceia: abriu latas de caviar, colocou a champanhe na geladeira, escolheu na adega os melhores vinhos e preparou os coquetéis. Nesse meio tempo, alguém lá fora bate palmas. Será que agora está chegando Jesus? -pensou ela emocionada. E com o coração batendo acelerado, foi abrir a porta. Mas se decepcionou. Era um menino de rua, todo sujo e mal vestido... Senhora, estou com fome. Dê-me um pouco de comida! Como é que eu vou te dar comida, se nós ainda não ceamos? Volta amanhã, porque esta noite estou muito atarefada... não posso te dar atenção... Finalmente a ceia ficou pronta. Toda a família esperava, emocionada, o ilustre visitante. Entretanto, as horas iam passando e Jesus não aparecia. Cansados de tanto esperar, começaram a tomar aqueles coquetéis especiais que, pouco a pouco, já começaram a fazer efeito naqueles estômagos vazios, até que o sono fez com que se esquecessem dos frangos, assados e de todos os pratos saborosos. Na manhã seguinte, ao acordar, a senhora se viu, com grande espanto, na presença do anjo. Será que um anjo é capaz de mentir? gritou ela. Eu preparei tudo esmeradamente, aguardei a noite inteira e Jesus não apareceu. Porque você fez isso comigo? Porque essa brincadeira? Não fui eu que menti... Foi você que não teve olhos pra enxergar, explicou o anjo. Jesus esteve aqui em sua casa pôr três vezes: na pessoa da mulher pobre, na pessoa do caminhoneiro e na pessoa do menino faminto, mas a senhora não foi capaz de reconhecê-lo e acolhê-lo em sua casa... 

 
 
 
 
TEXTO INFORMATIVO
 
O texto informativo tem como intenção informar sobre fatos reais.Alguns desses textos são utilizados para nosso estudo de História, Ciências, Matemática. A preocupação em transmitir uma informação clara e precisa aparece nos textos científicos, nas matérias jornalísticas, nos avisos, nos filmes e documentários.
 
Vejamos, agora, um Texto Informativo.
 
A cana-de-açúcar
Originária da Ásia, a cana-de-açúcar foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. A região que durante séculos foi a grande produtora de cana-de-açúcar no Brasil é a Zona da Mata nordestina, onde os férteis solos de massapê, além da menor distância em relação ao mercado europeu, propiciaram condições favoráveis a esse cultivo. Atualmente, o maior produtor nacional de cana-de-açúcar é São Paulo, seguido de Pernambuco , Alagoas, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além de produzir o açúcar, que em parte é exportado e em parte abastece o mercado interno, a
cana serve também para a produção de álcool, importante nos dias atuais como fonte de energia. A imensa expansão dos canaviais no Brasil, especialmente em São Paulo, está ligada ao uso do álcool como combustível em automóveis.
 
O que é Texto Jornalístico ?
 
Dê uma olhada num jornal. Você vai encontrar vários cadernos, cada um com determinados assuntos: política, economia, fatos policiais, esportes, cultura, espetáculos, etc.
Vai encontrar também seções de cartas, informações de utilidade pública, divertimentos. Sem falar nos anúncios, que podem ser publicitários (as propagandas) ou classificados. Um jornal traz informações sobre tudo o que acontece no mundo e na sua cidade, no dia daquela edição.
 
Ministério vai informar mães da Sucursal de Brasília
 
Depois de ter reajustado em 66% o valor pago pelo parto normal, o Ministério da Saúde lança nova ofensiva para tentar reduzir o número de partos por cesariana no Brasil. A partir do segundo semestre, todas as mulheres cujos partos tenham sido
realizados em hospitais da rede SUS (Sistema Único de Saúde) receberão em casa correspondência do ministério detalhando o tipo de procedimento a que foram submetidas. O objetivo é evitar que os hospitais façam partos normais, mas cobrem como se
fossem cesariana, que custam mais caro. Como as gestantes vão receber em casa a descrição do tipo de atendimento a que
foram submetidas, poderão denunciar a irregularidade caso tenha havido fraude.