TITANIC

09/07/2022 20:37

Ainda hoje, é possível observar que algumas pessoas não conhecem a história verídica e os objetivos da construção do gigante dos mares, talvez por não se informarem sobre o assunto, sobre os fatos em torno da verdadeira história do fabuloso transatlântico.

Percebe-se, que muitos sujeitos têm seu olhar voltado para a história de amor dos personagens (Rose e Jack), e não para o naufrago, sendo que a história de amor é a mais pura ficção do diretor James Cameron. O filme Titanic foi manipulado em algumas partes, o qual não é totalmente histórico, no entanto, é muito útil, e de grande valia para a pesquisa histórica, para a reflexão humana, e para a análise dos fatos ocorridos.

Já a cena do colar “The Heart of the Ocean” (o Coração do Oceano) presente dado a Rose pelo seu noivo Cal, e a cena de nudez da atriz ao ser desenhada por Jack com o colar, deu um destaque todo especial na obra de Cameron. De certo modo, a relação amorosa do casal chamou mais atenção do que a própria tragédia em si, isto é, a história de amor desviou em certa parte, o olhar crítico, analítico e sensível sobre a lamentável tragédia da noite de 14 de abril para 15 de abril de 1912, em meio ao Atlântico Norte no Canadá, aonde 1.500 (mil e quinhentas), pessoas perderam suas vidas nas águas negras e gélidas do oceano.

Em 15 de abril de 1912, o Titanic da White Star, o maior e mais luxuoso transatlântico do mundo, desaparecia no Atlântico Norte, durante a travessia inaugural, ao Sul da Terra Nova, no Canadá, depois de se chocar com um iceberg.

A emoção foi intensa no mundo inteiro e o drama do gigante dos mares tomou proporções de uma catástrofe internacional. Emoção ainda mais viva porque essa magnífica embarcação, obra-prima da engenharia, parecia marcar uma etapa decisiva na história da construção naval e era considerada insubmersível. (MASSON, 2011, p. 7)

No decorrer do filme, é impossível não se emocionar com o relato da atriz Rose Calvert. A senhora Rose interpreta o papel fictício de uma sobrevivente do naufrago do RMS Titanic, a qual se emociona ao narrar detalhes muito presentes em sua memória. Trecho da fala de Rose: Foi há 84 anos, ainda sinto o cheiro da tinta fresca, das porcelanas nunca usadas, dos lençóis nunca usados, o Titanic se chamava “o navio dos sonhos”, e era, realmente era.

O amor por Jack é revivido, a tragédia e as mortes ocorrida na viagem inaugural também é lembrado por Rose. A atriz se lamenta pelas 1.500 vidas que não puderem ser salvas das águas gélidas do oceano, entre elas a do seu amado Jack Dawson. Ainda sobre Jack, Rose acrescenta, (ele me salvou de todas as formas que uma pessoa poderia ser salva).

O naufrago do Titanic foi e continua sendo a maior tragédia de todos os tempos. No entanto, a comunicação sem fio revela a sua importância para a segurança no mar.

Com o Titanic, não há dúvida de que as mensagens pelo rádio evitaram que os sobreviventes, perdidos em meio ao gelo, conhecessem um destino trágico. Se a catástrofe tivesse ocorrido dez anos antes, eles teriam morrido de frio e de esgotamento nos botes. O desaparecimento do gigante dos mares estaria inscrito, com certeza, entre os grandes enigmas da história marítima. (MASSON, 2011, p. 155)

De qualquer modo, fica impossível de se negar que o Titanic não trouxesse consigo certa arrogância em sua construção, ou no mínimo, um orgulho nascente de um projeto bem sucedido. Esse orgulho e arrogância produzem um fruto funesto, que também possui a sua margem de responsabilidade no naufrágio ao lado do iceberg, trata-se de negligência:

O drama do Titanic parece, definitivamente, explicar-se pela negligência e pela fatalidade. Negligência do operador de rádio que não transmitiu à ponte de comando duas mensagens de importância capital. Negligência dos oficiais que se recusaram a fornecer, contrariando o que e habitual, binóculos aos vigias, apesar de numerosas reclamações. Negligência do próprio capitão que, não adotando o hábito de alguns comandantes, não reuniu, no final do dia, os oficiais destinados a assumir o quarto da noite, para estudar com eles a situação geral. (MASSON, 2011, p. 140)

O filme Titanic, na obra de James Cameron, apresenta pontos significativos sobre a viagem inaugural e o naufrágio em meio ao Atlântico Norte no Canadá. Realmente Cameron buscou relatar o naufrago de forma construtiva, narrando o desespero dos passageiros quando comunicados que o Titanic iria afundar. Infelizmente o iceberg danificou severamente o casco do navio, Titanic não resistiu ao choque, e se dividiu ao meio.

Analisa-se, que a Primeira Classe foi a mais favorecida no salvamento de suas vidas, já a Terceira Classe a mais atingida pela dor, pelo sofrimento, pela perda de vidas humanas. Excluídos simplesmente por se tratar da Terceira Classe, grupo de pessoas que não se “encaixavam” nos padrões dos nobres, pois não tinham grandes fortunas, ou objetos de alto valor para oferecer ou demonstrar.